segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Índios Paiter Suruí e o uso da internet

O povo paiter Suruí (TI - terra indígena Sete de Setembro - Cacoal - Rondônia) mobiliza internautas para tentar proteger seu território. Há cinco anos eles vêm adotando a rede mundial e as redes sociais como estratégia de divulgação de sua causa. Veja a matéria na página da Uol!




sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Carta "Eu apoio a causa indígena"

Recebi este documento por e-mail e achei interessante publicar no blog. ASSOCIAÇÃO JUÍZES PARA A DEMOCRACIA Rua Maria Paula, 36 - 11º andar - conj. 11-B - tel./ FAX (11) 3105-3611 - tel. (11) 3242-8018 CEP 01319-904 - São Paulo-SP - Brasil www.ajd.org.br - juizes@ajd.org.br Caro(a) assinante da carta "Eu apoio a causa indígena" Olá! As graves violações contra os povos indígenas continuam e aumentam a cada dia. É preciso que o Estado faça a sua parte. A Campanha que pede : (1) Urgência nos julgamentos, (2) Demarcação das terras e (3) é contra a PEC 215, já tem a adesão a sua adesão e de mais 7000 pessoas . Nosso objetivo é chegar a 20 mil assinaturas. Se cada assinante conseguir mais 3 pessoas para apoiarem a causa, chegaremos lá. URGENTE: Pedimos que divulgue a campanha da forma que lhe for possível. Compartilhe no facebook, divulgue no twitter, coloque em blog, envie e-mails, fale com os seus amigos e familiares. Você pode ver a lista de assinantes (está em ordem numérica e alfabética) no site, e pedir para aqueles que não assinaram ainda que o façam. IMPORTANTE: NÃO ASSINE NOVAMENTE PARA NÃO TERMOS DUPLICIDADE. Passe o link da campanha para frente: www.causaindigena.org Os povos indígenas não podem esperar mais.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Aumento da população indígena no Brasil

"Os índios no Brasil somam 896,9 mil pessoas, de 305 etnias, que falam 274 línguas indígenas, segundo dados do Censo 2010 divulgado na sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa aumento de 205% em relação aos número de 1991, quando foi feito a primeira pesquisa nos moldes atuais. Em 91, os índios eram 294 mil e passaram a 734 mil em 2000. Além de o Censo 2010 retomar a investigação sobre as etnias dos povos, também voltou a investigar suas línguas, trabalho que ficou parado por 60 anos - mas não inclui os povos indígenas isolados.
O Censo mostra ainda que mais da metade dos índios (63,8%) vivem em área rural, outra condição que mudou em relação ao Censo de 200, quando mais da metade estavam em área urbana (52%). A pesquisa populacional aponta ainda que a maioria (57,7%) vivem em 505 territórios indígenas reconhecidos pelo governo (até dezembro de 2010, quando o Censo foi fechado). As áreas indígenas equivalem a 12,5% do território nacional, sendo a maior parte na região Norte, que também é a mais populosa em indígenas, com 342 mil índios. O contrário são as regiões Sudeste e Nordeste, onde a maioria dos índios vivem fora de suas terras tradicionais, respectivamente, 84 e 54%."
Fonte: Caros Amigos

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Índios Conectados

"Tão certo, que a tecnologia passou a fazer parte da vida dos índios, que hoje mantêm um blog e estão no Twitter. “Os Ashaninka descobriram uma forma de usar a internet como ferramenta de libertação. Essa prática deve ser adaptada a distintas realidades, mas sempre faz com que pessoas e comunidades possam, efetivamente, se inserir num novo mundo”, comenta Rodrigo Baggio, diretor executivo do Comitê para Democratização da Informática (CDI). Foi o Comitê que proporcionou o acesso da tribo à tecnologia.

Para montar uma rede de comunidades tradicionais conectadas com o ideal de proteção de sua cultura, território e biodiversidade, o CDI criou, em 2003, o projeto Rede Povos da Floresta. Desde então foram implantados pontos de acesso à internet em comunidades do Acre, Amapá, Minas Gerais e Rio de Janeiro. No início de 2007, a Rede estabeleceu acordo com os Ministérios das Comunicações e do Meio Ambiente e, com esta articulação, já são mais de 120 mil pessoas direta e indiretamente beneficiadas.

“Toda essa ciência voltada para o mundo do branco também faz parte da ciência do povo indígena. O computador é um instrumento a mais para a nossa vida, para nós podermos mandar a nossa mensagem e receber mensagens, utilizar essa mensagem de forma estratégica, aprender a lidar com cada um desses mundos diferentes, para termos argumentos para nos defender e preservar nossa cultura”, diz o líder dos Ashaninka, Benki Ashaninka".

Fonte: CONEXÃOALUNO

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Nota de repúdio

"O Instituto Socioambiental (ISA) vem se solidarizar com lideranças regionais, profissionais da comunicação e membros do Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS) contrários à construção da Hidrelétrica de Belo Monte, que injustamente vêm sendo ameaçados de prisão.
Ao mesmo tempo em que acontecia, no Rio de Janeiro, o encontro global Rio+20, algumas das organizações e lideranças sociais que integram o MXVPS organizaram um encontro na cidade de Altamira, denominado Xingu +23, que, segundo seus organizadores, reuniu cerca de 300 pessoas, entre atingidos pela obra e apoiadores de sua luta.

Após o fim da manifestação, algumas pessoas entraram em salas de escritórios da Norte Energia e danificaram bens materiais (computadores, portas etc.). Com base nesse ato isolado a Polícia Civil de Altamira, incitada pelos construtores da obra, indiciou criminalmente diversas das lideranças sociais de Altamira, que nada tiveram a ver com esse incidente, acusando-as de roubo (!). O processo de perseguição continuou com o pedido de prisão preventiva destas pessoas no dia 26 de junho.

O ISA entende que a ocorrência de um fato isolado não pode, em hipótese alguma, ser utilizado como pretexto para perseguir o movimento social da região e aqueles que se opõem à construção dessa polêmica usina. Várias das pessoas indiciadas por roubo notoriamente nada tiveram a ver com o fato ocorrido. Pelo contrário, exerceram seu direito de manifestação, de forma legítima, pacífica e em exercício de sua profissão, incluindo aí um padre que rezou uma missa durante o ato e um cineasta que estava registrando o evento.

O ISA repudia a tentativa de se utilizar o aparato do Estado para silenciar os movimentos sociais e condena as formas de violência praticadas nesta situação. Tanto as que resultaram na danificação de instalações do Consórcio Construtor de Belo Monte, como aquelas praticadas contra os moradores das cidades de Altamira e Vitória do Xingu, os agricultores, indígenas e ribeirinhos da região, que sofrem com a forma autoritária pela qual o empreendimento vem sendo instalado ao arrepio do Estado Democrático de Direito.

Brasília, 26 de junho de 2012".

Fonte: ISA

Belo Monte e a resistência dos índios Xikrin e Juruna

"Cerca de 200 índios xikrins e jurunas estão acampados desde o dia 21 nas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, na tentativa de acelerar o cumprimento das condicionantes destinadas a amenizar os efeitos negativos da usina para as populações indígenas afetadas".

Fonte: Agência Brasil

domingo, 10 de junho de 2012

Projeto desenvolvido por ONG brasileira, com ajuda do Ministério da Cultura e assessoria alemã, garante inserção digital de sete povos indígenas do Nordeste

"A intenção do projeto, desenvolvido pela ONG Thydewa, de Salvador (BA), com o apoio do Ministério da Cultura, da Associação Nacional de Apoio ao Índio (Anai) e assessoria de um etnólogo alemão, é facilitar a inserção digital indígena e apresentar aos internautas 'os índios na visão dos índios', dizem os coordenadores.

Na opinião do etnólogo alemão Nico Czaja, que prestou assessoria técnica ao portal Índios Online e agora atua no Projeto Integrado de Proteção às Populações Indígenas na Amazônia Legal (PPTAL), a internet melhorou muito a comunicação entre os grupos envolvidos e a opinião pública brasileira. 'É também uma ajuda na luta contra a repressão, discriminação e violação dos direitos humanos desses povos', acrescenta.

'Índios Online é um projeto inovador, que possibilita o acesso de minorias éticas aos modernos meios de comunicação. E tem futuro', garante Czaja. Esta é também a convicção do jovem Alexandre dos Santos, do povo Pankararu. 'Temos a esperança de que, num futuro bem próximo, todos os povos indígenas do Brasil estejam fortalecidos com o recurso da internet', disse à DW-WORLD".

Fonte: DW - WORLD

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Defesa da ocupação de Marãiwatsédé

"O direito à ocupação de territórios indígenas pelas etnias guarani-kaiowá, no Mato Grosso do Sul, e pelos xavante que vivem na Terra Indígena Marãiwatsédé, em Mato Grosso, foi defendido pela vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat. Ela participou, nesta quinta-feira, 10 de maio, de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados".

Fonte: CIMI

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

"Bonecas Karajá são reconhecidas como Patrimônio Cultural do Brasil

O projeto Bonecas Karajá: Arte, Memória e Identidade Indígena no Araguaia, iniciado em 2009, vem sendo supervisionado pelo Departamento de Patrimônio Imaterial – DPI/Iphan e coordenado pela Superintendência do Iphan em Goiás, que privilegiou o estudo dos aspectos imateriais das bonecas Karajá. As pesquisas para identificar e documentar o ofício, os modos de fazer e as formas de expressão que envolvem a produção das Bonecas Karajá foram realizadas com a comunidade nas aleias karajás Buridina Mahãdu e Bdé-Buré, em Aruanã (GO), e da aldeia de Santa Isabel do Morro, ou Hawalò Mahãdu, na Ilha do Bananal (TO). Durante o trabalho de quase dois anos, foram identificadas as matérias-primas, técnicas e etapas de confecção, além dos mitos e histórias narradas pelos Karajá que expressam a rica relação entre seu povo e o rio, a fauna e a flora, as relações sociais e familiares e a organização social".

Fonte: Surgiu.com.br

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Portal Web Brasil Indígena

"Usando como principal ferramenta o software livre, o portal Web Brasil Indígena foi criado com a finalidade de promover a inclusão e já começa a atingir as comunidades indígenas espalhadas por todo o país. A tecnologia do software livre foi adotada porque “era mais interessante e colaborativa”, disse no dia 10 de setembro Anápuáka Muniz Tupinambá Hã hã hãe, índio da etnia Tupinambá, ao participar do Encontro de Negócios em Software Livre, no Info Rio 2009 - 7º Encontro Nacional de Tecnologia e Negócios. O evento é promovido pelo Sindicato das Empresas de Informática do Estado do Rio de Janeiro (Seprorj).

Coordenador-geral de tecnologia da informação e comunicação (TIC) do Web Brasil Indígena, Anápuáka Muniz afirmou que os resultados iniciais são promissores, embora tenha salientado que para incluir é preciso que haja a parceria do governo.

O portal utiliza os pontos de acesso à internet disponibilizados pelo governo federal nas aldeias. 'Isso é um primeiro ponto para a gente: poder utilizar essa tecnologia'. O portal usa as ferramentas de mídia do software livre e promove sua adaptação e flexibilização às etnias indígenas”.

De modo geral, Muniz disse que os índios têm confiança apenas em profissionais também indígenas. 'Porque você colocar tecnologia em um local onde as pessoas não estão acostumadas, é uma questão de confiança. Quando um indígena leva, ele é parente, é responsável, porque não vai levar nada que destrua. Então, a nossa visão é cultural mesmo, de sustentabilidade, porque ele tem que ganhar dinheiro, mas está levando a cultura delepara a sociedade, porque está gerando conteúdo.'

Por meio do portal, os indígenas são apresentados ao lado bom das tecnologias, disse Muniz. Eles escolhem as mais adequadas. 'Essa é a nossa visão'. O projeto não conta com apoio governamental, lastimou Anápuáka Muniz. 'Precisamos ter. A gente não tem uma grande plantação. Mas, faz a nossa hortinha e ela está dando bons frutos'.

Ele pretende levar o pleito às autoridades federais. Para isso, procura participar de todos os eventos relacionados à tecnologia da informação. 'Até para eles poderem enxergar a gente. Não é só chegar lá batendo na porta com uma ideia na cabeça. É mostrar que a gente já está mudando e está levando resultados já presentes. Espero que o governo venha olhar para a gente, sim, com uma boa participação'.

O Web Brasil Indígena gera conteúdo étnico e de mídia em todas as áreas, com a meta de mostrar à sociedade o passado, presente e futuro dos indígenas brasileiros. A idéia é mostrar mais conteúdo para o povo brasileiro, afirmou Anápuáka Muniz. No portal, também é possível ter acesso à cultura indígena contemporânea, por meio da rede social Aldeia Brasil Indígena, além de material para pesquisadores e estudantes indígenas no blog Acadêmico WBI".

Fonte: Inclusão Digital - Governo Federal
Os índios e o Arco Digital


"Um grupo formado por mais de dez povos nativos decidiu se unir para colocar em prática uma idéia em comum. Formar uma rede digital para falar não apenas de suas culturas, mas do mundo além de suas terras. O resultado pode ser conferido no conteúdo produzido coletivamente pelas aldeias, disponível no portal eletrônico da rede virtual Índios On Line (www.indiosonline.org.br). Parte desse processo está registrada agora nas páginas do livro "Arco Digital", lançado nesta quinta-feira (8), na TEIA, em Belo Horizonte. Entre debates e cantos tradicionais, índios e público trocaram idéias e informações sobre o trabalho desenvolvido na rede digital.

Sediado na Bahia, o projeto já existe desde 2002 e foi conveniado como Ponto de Cultura em 2004. De acordo com o pankararu pernambucano Alexandre dos Santos, coordenador da rede Índios On Line, o início não foi nada simples. Os obstáculos, segundo ele, começaram na própria aldeia. 'No começo, as comunidades ficaram assustadas'. Mas a possibilidade de autonomia acabou convencendo a tribo. 'No portal e nos livros, somos nós os pesquisadores, os repórteres, os fotógrafos, os historiadores'.

Em entrevista realizada através do chat disponível no portal, Ivana Cardoso, diretora-executiva da ONG Thydewas, instituição que idealizou o projeto, explica o título do livro e comenta os impactos das novas tecnologias no mundo indígena. Para ela, o arco hoje precisa ser digital. 'Antigamente os índios usavam o arco e flecha para caçar, hoje nossa caçada é virtual', diz. A internet abriu as portas do mundo para os indígenas, prossegue a diretora, possibilitando uma infinidade de trocas interculturais. Um diálogo que pode prestar outros serviços relevantes, como minimizar o preconceito que ainda existe em relação aos indígenas, afirma a diretora. 'O índio continua muito discriminado e nos mostrar ao mundo é uma forma de combatermos essa realidade'. Ivana observa que a internet está colaborando para o desenvolvimento das comunidades. 'Estamos conseguindo vários benefícios para as aldeias por meio de projetos divulgados na rede', conta.

(Por: Carlos Minuano - 100canais)

Fonte: Observatório do direito à comunicação

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Os índios e o ciberespaço

"No Brasil, índios de diferentes línguas e etnias foram estimulados a usar a internet por organizações governamentais e não governamentais. Embora a situação ainda seja bastante precária, inúmeras das 2.698 escolas indígenas existentes nas aldeias, frequentadas por mais de duzentos mil alunos, foram dotadas de computadores. Ali onde isso não foi possível, os computadores dos postos de saúde da Funasa foram disponibilizados dentro dos Pontos de Cultura no Programa Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão.

Essa situação permitiu que logo surgissem, em 2001, os primeiros sites indígenas, segundo Eliete Pereira, do Centro de Pesquisa Atopos, da ECA/USP, que andou mapeando a presença indígena na net, ainda bastante irregular. Ela encontrou três tipos de sites: os sites de organizações indígenas, os sites de etnias e os sites pessoais."

Fonte: Blog da Amazônia - Terra Magazine - Leia matéria completa!
Povo Ashaninka na era digital

"Alto-Juruá, Acre. Na divisa do Brasil com o Peru fica a terra dos Ashaninka. Enquanto as mulheres cuidam da comida, das roupas e das crianças, os homens não descuidam da vigilância. Ao contrário de seus antepassados, eles não estão preocupados com perigos naturais. O risco por lá são madeireiros peruanos. Para lutar contra eles, a tribo percebeu que arcos e flechas não seriam suficientes. Se o inimigo é novo, inovação na forma de enfrentá-lo.

Foram duas as armas escolhidas: um painel solar para a energia e um computador. Os Ashaninka entenderam que para enfrentar rivais equipados com rádios sofisticados e munição pesada era melhor apostar na tecnologia e na comunicação. Da aldeia foram enviados e-mails para ONGs e para o governo. As informações foram imediatamente recebidas na Presidência da República e repassadas à Polícia Federal e ao comando do Exército, que montaram uma ação para prender os invasores. Deu certo.

Tão certo, que a tecnologia passou a fazer parte da vida dos índios, que hoje mantêm um blog e estão no Twitter."

Repostagem completa:Site ConexãoAluno - Governo do Rio de Janeiro
Os jovens indígenas e a inclusão digital.

Entrevista especial com José Francisco Sarmento

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

"Entre um passado de traumas e as incertezas do futuro, povo Mÿky vive um cotidiano de resistência cultural"

Renato Santana
de Brasnorte, Mato Grosso (MT)
29/12/2011

"Os caminhos que levam à aldeia Japuíra, região de Brasnorte, Mato Grosso, são tão novos para seus habitantes quanto aos visitantes de primeira viagem. Recém instalados, postes correm quilômetros de fios elétricos pela estrada de terra que se aprofunda na Amazônia matogrossense até a Terra Indígena Mÿky. [...]Na aldeia vivem hoje 121 indígenas: apenas cinco anciãos e 52 crianças; o restante, entre a juventude e a fase adulta [...].
A língua Mÿky é preservada como elemento fundamental dentro de um contexto de transformações e ataques à sua cultura. Jaapátau Mÿky é professora e alfabetizou 24 crianças nos últimos dois anos. “Ensino com base no trabalho, nas práticas do povo. Caminhamos pela aldeia e vemos tudo que a envolve”, explica. A metodologia de ensino de Jaapátau está expressa no Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola Mÿky.
Nele, os mitos de criação, a roça, o jeito de se fazer as moradias tradicionais, a culinária, as lutas de defesa do território, a história e tudo que envolve o povo fazem parte do PPP.
As casas feitas em tábuas de madeira com piso de cimento substituíram as malocas familiares, onde todos convivem num mesmo espaço comum. Motos cruzam o terreiro junto com bicicletas, crianças e animais. Sob o sol, o dia queima devagar as mudanças ligeiras e permanentes no cotidiano Mÿky."

Fonte: Brasil de Fato